Transtorno

Buracos e acúmulo de água incomodam no Calçadão

Pedestres e lojistas reclamam de obstáculos e falta de acabamento nas primeiras quadras a receber melhorias

Paulo Rossi -

Está melhor, mas longe do esperado. De forma resumida, é isso o que pensam lojistas e os pedestres que circulam pelo Calçadão e conversaram com o Diário Popular. Embora duas quadras já estejam com o novo piso e liberadas para circulação, o acabamento incompleto incomoda quem precisa andar pelo Centro. E também os comerciantes, que aguardaram meses até o fim dos tapumes, do barro e do barulho da obra.

São comuns relatos de pessoas que, distraídas, tropeçam em buracos que permaneceram abertos à espera de finalização. Alguns foram cobertos com tábuas ou grades. Porém, mesmo assim há o desnível em relação ao pavimento normal. E o risco de tombos e lesões. Enquanto faz ziguezague para desviar das falhas no começo do Calçadão próximo à rua Voluntários da Pátria, Débora Bastos, 32, reclama do descuido por parte da prefeitura com a construção do novo passeio. Acompanhada da mãe, de 68 anos, conta que os buracos quase já resultaram em tombo. "Está bem ruim de andar. Há pouco tempo ela tropeçou, virou o pé e por pouco não caiu", diz.

A dificuldade é ainda maior para quem possui alguma deficiência. Além da falta de sinalização nos locais abertos ou que possuem obstáculos no chão, há ainda a falta de acessibilidade provocada pelas irregularidades no piso. É a queixa de Geneci Lindeman, 49, que se dedica exclusivamente a cuidar do filho Jeferson, 24, cadeirante e deficiente visual. "Abriram para as pessoas andar sem fazer o acabamento. Passamos muito trabalho no meio dos buracos. Na beira das calçadas não tem rampa, ficaram falhas", aponta, enquanto faz força para empurrar a cadeira do filho na calçada da rua General Neto.

Mais do que melhorar esteticamente o centro comercial da cidade, a promessa de requalificação do Calçadão também trazia em si o fim de um problema comum até então: os alagamentos. Porém, pelo menos por enquanto, o acúmulo de água persiste. É o que apontam lojistas da quadra entre as ruas General Neto e 7 de Setembro. No último final de semana, a chuva empoçou em frente aos estabelecimentos, incomodando quem queria comprar e, por consequência, irritando quem pretende lucrar neste período do ano.

"No sábado havia um piscinão. Não sei se a prefeitura e a construtora não se deram conta de que isso poderia acontecer, mas depois de esperarmos tanto tempo pela obra, acreditávamos que não teríamos esse tipo de problema", critica Simone Leitzke, gerente de uma loja de eletrodomésticos. Ela conta que, com o alagamento, os clientes tinham dificuldades para entrar no local.

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Prefeitura fiscaliza
A Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) reconhece o problema do acúmulo de água e o incômodo dos buracos e afirma que tudo será solucionado com a finalização da obra. De acordo com o secretário Paulo Morales, os locais que permanecem abertos no piso do Calçadão serão postes de iluminação ou pontos de energia para vendedores ambulantes. "A prefeitura tem fiscalizado e notificado a construtora a cada problema constatado para que resolva os transtornos ou pelo menos sinalize para dar segurança aos pedestres", explica.

Ainda de acordo com o secretário, a água empoçada em frente às lojas no último final de semana tem como razão a paralisação da obra durante o mês de dezembro a pedido dos próprios lojistas. "Foram colocadas tampas provisórias nos bueiros não concluídos justamente para que não ficassem abertos, sem proteção. Isso causou uma dificuldade temporária de escoamento, que será solucionada com a retomada da obra em janeiro", finaliza.

A reportagem tentou ouvir a ACR Construtora, que executa a requalificação do Calçadão, mas não conseguiu contato.

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